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Textos

NÃO ME DEIXE, NÃO!

 

Não me deixe, não!

Quero esquecer

Esse meu sofrer

Que ficou pra trás.

O meu coração

Não quer mais saber

Como vai fazer

Pra não lembrar mais

Da felicidade

Que vivi outrora

Só restou saudade

Nos vãos da memória.

Não me deixe, não!

Não me deixe, não!

Não me deixe, não!

Não me deixe, não!

 

Te oferecerei

Pérolas de chuva

De países onde

Não pode chover;

Vou escavar a terra

Mesmo até a morte

Quero, pois, de ouro

Teu corpo envolver!

Na terra só minha

O amor será o rei,

O amor será a lei,

E você, a rainha!

Não me deixe, não!

Não me deixe, não!

Não me deixe, não!

Não me deixe, não!

 

Não me deixe, não!

Eu vou inventar

Palavras à toa

Que compreenderás.

Eu vou te falar

De amantes cujos

Corações puderam,

Enfim, incendiar!

Eu vou te contar

A história do rei

Que morreu sem grei

Por não te encontrar.

Não me deixe, não!

Não me deixe, não!

Não me deixe, não!

Não me deixe, não!

 

Quantas vezes, logo,

Reacendeu-se o fogo

De vulcão antigo

Que estava extinto...

Dizem que a terra

Por ele queimada

Está já florindo

Fértil primavera.

E ao cair da tarde

O céu então se veste

De vermelho e negro

Em rude contraste.

Não me deixe, não!

Não me deixe, não!

Não me deixe, não!

Não me deixe, não!

 

Não me deixe, não!

Já não há mais lágrimas

Para eu chorar.

Vou me esconder

Para, enfim, te ver

Sorrir e dançar

Pra poder te ouvir

Outra vez cantar.

Deixa que eu me faça

A tua tênue sombra,

A tua verde alfombra,

O teu vira-lata...

Não me deixe, não!

Não me deixe, não!

Não me deixe, não!

Não me deixe, não!

 

Portel, Pará, Brasil, 26 de fevereiro de 2011.

Composto por Léo Frederico de Las Vegas.
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SÉRIE: "TRADUÇÕES"
NE ME QUITTE PAS
Composição: Jacques Brel
Versão: Jaime Adilton

Jaime Adilton Marques de Araújo
Enviado por Jaime Adilton Marques de Araújo em 22/01/2024
Alterado em 23/01/2024
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Jadilton Marques

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Sobre mim

Gênero: Masculino
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Profissão: Contador
Local: Melgaço, Ilha de Marajó, Pará, Brasil
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Introdução:

TABACARIA

Não sou nada. Nunca serei nada. Não posso querer ser nada. À parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo. [...] Fiz de mim o que não soube E o que podia fazer de mim não o fiz. O dominó que vesti era errado. Conheceram-me logo por quem não era e não desmenti, e perdi-me. Quando quis tirar a máscara, Estava pegada à cara. Quando a tirei e me vi ao espelho, Já tinha envelhecido. Estava bêbado, já não sabia vestir o dominó que não tinha tirado. Deitei fora a máscara e dormi no vestiário Como um cão tolerado pela gerência Por ser inofensivo E vou escrever esta história para provar que sou sublime. [...]

Álvaro de Campos

Interesses:

Música, Poesia, Brasilidade, Literatura, e tudo o mais que há de bom na vida.

Filmes favoritos:

Um Amor Para Recordar, O Leitor, O 13º Andar, A saga Matrix, A saga Deixados Para Trás, entre outros.

Músicas favoritas:

Pedaço de Mim, Tinha Que Acontecer, Rainha da Vida, Tocando em Frente, Chão de Giz, Todas as do Vinícius de Moraes, entre outras tantas.

Livros favoritos:

A saga O Vendedor de Sonhos, Dom Casmurro, Memórias Póstumas de Brás Cubas, A Carne, Amor de Perdição, A Moreninha, A Barca dos Amantes, Os Lusíadas, O Jogo da Detetive, O Pequeno Príncipe, entre tantos outros.