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Textos

PÉROLA NEGRA


Angélica

Quem é essa mulher
Que canta sempre esse estribilho?
Só queria embalar meu filho
Que mora na escuridão do mar...

 
Chico Buarque


Jamais compreenderei de fato
A dor que te vai no peito
Coração magoado pela seta do destino
Irremediavelmente dilacerado,
Destroçado, sentindo a dor indelével,
A incomparável dor de se perder uma filha querida!...
Lágrimas amargas transfiguradas em cristalinas pérolas
Vitalizam-se de teu sofrimento ímpar!...
Ah, não sei dessa dor,

Mas sinto-a, sinceramente,
Aqui dentro, em meu coração, e por isso
Rascunho estes tristes versos
Querendo aliviar, lenitivamente, o teu sofrer!
Um dia não precisaremos mais morrer.
Eternos, seremos eternos!
Saudade nunca mais! Tristeza, nunca mais!

Dor! Não haverá mais dor
E embriagar-no-emos com o eterno frescor das primaveras!

Ah! Mas enquanto este dia não chega
Resta-nos aceitar as linhas tortas escritas por Deus!
Ainda que nos doa, Ele sempre quer nosso bem.
Últimos, sim estes são os últimos dias!...
Já sinto a força da aurora resplendente de um novo tempo
O tempo em que terás todo o tempo do mundo para ninar tua filha!

 

Melgaço, Pará, Brasil, 2 de março de 2011.

Composto por Jaime Adilton Marques de Araújo.
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Sussurros exalados do triste peito do poeta ao condoer-se do estado patético em que se encontrava sua irmã, Jacidalva, que até a data da composição deste acróstico, isto é, 02/03/2011, não havia superado a dor da perda de sua querida Isabere, natimorta a 13/11/2010.

Jaime Adilton Marques de Araújo
Enviado por Jaime Adilton Marques de Araújo em 12/10/2021
Alterado em 07/01/2022
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Jadilton Marques

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Sobre mim

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TABACARIA

Não sou nada. Nunca serei nada. Não posso querer ser nada. À parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo. [...] Fiz de mim o que não soube E o que podia fazer de mim não o fiz. O dominó que vesti era errado. Conheceram-me logo por quem não era e não desmenti, e perdi-me. Quando quis tirar a máscara, Estava pegada à cara. Quando a tirei e me vi ao espelho, Já tinha envelhecido. Estava bêbado, já não sabia vestir o dominó que não tinha tirado. Deitei fora a máscara e dormi no vestiário Como um cão tolerado pela gerência Por ser inofensivo E vou escrever esta história para provar que sou sublime. [...]

Álvaro de Campos

Interesses:

Música, Poesia, Brasilidade, Literatura, e tudo o mais que há de bom na vida.

Filmes favoritos:

Um Amor Para Recordar, O Leitor, O 13º Andar, A saga Matrix, A saga Deixados Para Trás, entre outros.

Músicas favoritas:

Pedaço de Mim, Tinha Que Acontecer, Rainha da Vida, Tocando em Frente, Chão de Giz, Todas as do Vinícius de Moraes, entre outras tantas.

Livros favoritos:

A saga O Vendedor de Sonhos, Dom Casmurro, Memórias Póstumas de Brás Cubas, A Carne, Amor de Perdição, A Moreninha, A Barca dos Amantes, Os Lusíadas, O Jogo da Detetive, O Pequeno Príncipe, entre tantos outros.