POEMA DE AMOR PARA A MINHA AVÓ PATERNA
Com lágrimas nos olhos e n'alma uma tristeza
A você dedico minha sincera homenagem
Sem nunca tê-la visto; contudo, tua imagem
Sempre acompanhou-me, vida à fora, sem aspereza!
Inalo o perfume das roseiras na ramagem
Meditando em como seria bom, com certeza,
Ir sorvê-lo junto a ti gozando a natureza
Risonha de teu rosto escondendo a traquinagem,
A peraltice do neto que não conheceste!
Como me faz falta o carinho que não me deste -
O beijo agridoce de minha triste avó! -
Resta-me, como consolo entoar esta cantiga
Resoluto, onde por ti expresse o meu amor e diga o
Êxtase de tua ausência quando me vejo só!
Ah, mas não é somente isso, não! Em mim existe
Dentro d'alma alguma coisa que me deixa triste
E creio que seja o desejo de te encontrar
Além da saudade que me punge! E vou buscar
Respostas nas mil gotas de orvalho dos teus olhos
A dizer que também queres minha companhia -
Últimos instantes de minha triste elegia -
Juro que de minh'alma na restinga de abrolhos
O teu perfil de avó carinhosa vou traçar!
Melgaço, Pará, Brasil, 3 de janeiro de 2011.
Composto por Jaime Adilton Marques de Araújo.
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Singela homenagem do poeta à sua avó paterna, D. Cassemira Corrêa de Araújo, que adentrou os Portais da Eternidade antes que o poeta a conhecesse!