Léo Frederico & Outros
A poesia e as vozes cavas dos meus eus
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Textos

INQUIETUDE 6.0

 

Ao Itamar de Vasconcelos Ribeiro Júnior
 

Oh, intermináveis dias, noites sem fim!...

Tateio no obscuro de minha triste alma e não há absolutamente

Nada que explique minha augusta solidão: Querubim

Maldito a mendigar a melodia gloriosa da minha amada e mágica aurora!...

Quem sabe a poesia me fosse alento, alimento e mais que isso: lenitivo,

Réstia de luz residual, sobra das migalhas trituradas das quais sobrevivo!...


Ó Deus dos desgraçados! Onde estás que não respondes

Ao meu grito de socorro?!... Por que te escondes?...


Ó vinde e vindicai-me a Vós, e valei-me, nessa hora, Vos peço, ó verdadeiro SENHOR,

Que sou desgarrada ovelha, sem aprisco e sem pastor!...

Sonâmbulo e acabrunhado vejo trevas espessas

Caminharem certa, cuidadosa, clara, cândida, cálida e tranquilamente,

Passos sóbrios, sincronizados, cadenciados,

No horrendo, fétido e imundo bueiro do submundo de profunda desilusão dos menestréis!

Oh, céus! Estou, com certeza, crivado de dúvidas, perdido nas selvas cruentas desse desencanto,

Emaranhado por vãs filosofias: estórias dos encantados pelos encantos de Sophia!...

Lembro, ó laureada lady e Dama da Noite, da louca lucidez da lua -  tua espádua nua,

O rocio sobre teus mamilos eriçados

A serpear sorrateiro por teu sôfrego ventre rumo à selva serena de teu sexo!


Ríamos amorosa e claramente sem parar das bobagens mais puras e simples:

Inexistia a metafísica complexa que angustia a alma!...

Não obstante a brisa brejeira dessa boa recordação... (Basta! Isso foi há bastante tempo...)

Mas, enquanto estou aqui pensando nos verdes olhos de Christina

Vou inalando a intragável e imensa solidão que trago imersa nesse trago de cigarro

A roer as entranhas ruminantes da Noite fria e tenebrosa:

Obumbrantes obstáculos inescrupulosos de minha doce paz!...


Jubiloso, junto a vocês quero estar, sem jaça,  ó Jussara, ó Jacira, ó Maria Janice,

Ser merecedor único de vossa unívoca, umbilical, inequívoca, única e inesquecível atenção;

Ser ninado, nanado, acalantado por vossos numerosos braços de pelúcia,

Sutil inocência que me falta no limiar deste escuro cinzento!...

Aonde andará o gozo dos poetas?

Triste de uma ternura mórbida verbalizo: oh, raios! Quando terei, sossegado, minha lápide?!...

 

Cachoeira do Arari, Pará, Brasil, 23 de março de 2009.
Composto por Manoel da Silva Botelho.

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Jaime Adilton Marques de Araújo
Enviado por Jaime Adilton Marques de Araújo em 03/08/2020
Alterado em 06/01/2022
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TABACARIA

Não sou nada. Nunca serei nada. Não posso querer ser nada. À parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo. [...] Fiz de mim o que não soube E o que podia fazer de mim não o fiz. O dominó que vesti era errado. Conheceram-me logo por quem não era e não desmenti, e perdi-me. Quando quis tirar a máscara, Estava pegada à cara. Quando a tirei e me vi ao espelho, Já tinha envelhecido. Estava bêbado, já não sabia vestir o dominó que não tinha tirado. Deitei fora a máscara e dormi no vestiário Como um cão tolerado pela gerência Por ser inofensivo E vou escrever esta história para provar que sou sublime. [...]


Álvaro de Campos

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Música, Poesia, Brasilidade, Literatura, e tudo o mais que há de bom na vida.

Filmes favoritos:


Um Amor Para Recordar, O Leitor, O 13º Andar, A Trilogia Matrix, A Trilogia Deixados Para Trás, entre outros.

Músicas favoritas:


Pedaço de Mim, Tinha Que Acontecer, Rainha da Vida, Tocando em Frente, Chão de Giz, Todas as do Vinícius de Moraes, entre outras tantas.

Livros favoritos:


A saga: O Vendedor de Sonhos, Dom Casmurro, Memórias Póstumas de Brás Cubas, A Carne, Amor de Perdição, A Moreninha, A Barca dos Amantes, Os Lusíadas, O Jogo da Detetive, O Pequeno Príncipe, entre tantos outros.