À PRIMEIRA MUSA
Meu sonho de consumo adolescente,
Adorável desejo de ventura
Risonho devaneio incandescente,
Ilusório sentimento de ternura,
Amada e desejada criatura!...
Em meus sonhos, apareces, ó sereia,
Linda e louca, para sempre alma gêmea,
Insuflando o desejo em minha veia
Sagrado de fazer-te minha fêmea!...
Ah, quem me dera estreitar-te
Nestes braços de sol e sândalo
Gata indomável, obra de arte,
Escultura indepredável por um vândalo!
Lírica mulher, femme fatale...
Aos teus pés o que um poeta vale?!
Guapos poetas, gentis cantadores
Oferecem-te poemas e louvores.
Mas este que te fala nestes versos
Exalta-te rainha de seu universo
Soberana, e te oferece seus amores!
Digna és de toda esta louvação
Onírica lua, diáfana volúpia,
Senhora do meu destino e coração.
Sonho acordado com teu busto de mulher
A me abraçar, a me cingir sensualmente
Num afago alucinado de prazer
Terno, lúbrico, latejante, quente...
Oh, sussurro que nunca pôde ser ouvido
Serenata de um amor inesquecido!...
Melgaço, Pará, Brasil, 8 de novembro de 2008.
Composto por Jaime Adilton Marques de Araújo.
◄ Acróstico Anterior | Próximo Acróstico ►