BALADA DE AMOR E PRANTO
Quero compor uma balada
Que fale dessa minha dor
Em que minh'alma acabrunhada
Qual feia e moribunda flor
Jaz deste aquele triste instante
(Ai, ai, ai ai, pecados meus!)
Em que vieste tão ofegante
Dizer-me o teu triste adeus!
Do vento forte a lufada
Se faz ouvir com gran fragor
Qual se tua voz, ó Bem-Amada,
Se anunciasse com langor
A me lembrar do amargurante
Momento vão (valha-me Deus!)
Em que vieste esfuziante
Dizer-me o teu triste adeus!
Sozinho pela madrugada
Meus versos tristes a compor
Pensando em vão na Namorada
Que me pôs nesse dissabor
Ouço um lamento altissonante
(Nênias de nobres e plebeus...)
És tu, que vens, dilacerante,
Dizer-me o teu triste adeus!
OFERTA
A ti, Princesa, dilacerada
Minh'alma canta os sonhos seus:
Não venhas nunca, indelicada,
Dizer-me o teu triste adeus!
Afuá, Pará, Brasil, 15 de fevereiro de 2017.
Composto por Jayme Lorenzini Garcia.
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