AUSÊNCIA
Sinto tua falta, amor, de madrugada,
Para abrandar o frio do meu peito…
Na moldura, queria, do meu leito,
Fruir o teu encanto, ó Bem-Amada!
(A saudade fez casa de morada
Nos beirais do templo onde rendo preito
À deusa anadiômena humanizada
Nas belas flores do meu amor-perfeito!)
Sim, me falta a nudez de teu carinho,
Dos teus beijos a doçura, as delícias…
Ah! Quem dera estreitar-te no meu ninho!
Estás longe, no entanto, das sevícias
Dos meus abraços... E eu estou sozinho
A esperar que tragas tuas carícias!
Melgaço, Pará, Brasil, 1 de junho de 2010.
Composto por Léo Frederico de Las Vegas.
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