HOMENAGEM A TIM LOPES
Não foi só mais um corpo que tombou
No chão íngrime da lúgubre favela.
Foi a Voz dos oprimidos que calou;
Voz impávida, destemida e singela!
Não é apenas a tristeza estampada
No rosto enfermo dos que não têm voz
Essa tênue luz no seio da alvorada…
Não! Mas é sua saudade entre nós!
Pra onde iremos com tanta violência?
Por que o grito calar dos excluídos?
Por que a voz sufocar-lhe sem clemência?…
Calaram-no?... Os sinos em leves toques
Dizem: Não!... E onde tudo estiver perdido
Ecoará a voz sublime de Tim Lopes!
Melgaço, Pará, Brasil, 11 de junho de 2002.
Composto por Léo Frederico de Las Vegas
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Singela homenagem do poeta a Arcanjo Antonino Lopes do Nascimento, conhecido como Tim Lopes jornalista, repórter investigativo e produtor brasileiro, assassinado em razão e no exercício da profissão, em 2 de junho de 2002. Que Deus conforte os corações enlutados!