SONETO DA LIRA EMUDECIDA
Minha lira já não me obedece!
No entanto, fico extático a esperar
Por esse verso que não aparece,
Mas se oculta no mágico luar!
Minha alma de luz se enternece
E um belo hino começa a cantar...
Meu ser emocionado estremece
Qual estrela no céu a cintilar!
Ah! Esse verso que não chega nunca!...
Esse verso... O que mesmo quer dizer?...
Esse verso com sua garra adunca
Faz enorme ferida em meu ser!
Esse verso, faca cega e afiada
Diz-me: “Perdeste, poeta, tua Amada!”
Melgaço, Pará, Brasil, 25 de abril de 2010.
Composto por Léo Frederico de Las Vegas.