SONETO DE UMA TRÁGICA TRISTEZA
Por ocasião do falecimento da tia Rosa
Chove torrencialmente no Rio Preto!
É o choro das crianças desertadas
Do carinho de sua mãe e orfanadas
Em quem Morte cravou seu duro espeto!...
Chove! E o vento sopra fortes lufadas
Num estertor que percorre p'lo peito
Dos órfãos que já não veem um jeito
De outra vez afagar as mãos surradas
Do ser angélico que as trouxe à vida.
Chove! E não há dor maior que esta:
Ter que fechar o olhar da mãe querida,
Ou ver, inerte, o rosto que sorria...
Chuva de lágrimas banha a floresta!...
Noite enfadonha!... Interminável dia!...
Melgaço, Pará, Brasil, 21 de abril de 2010.
Composto por Jaime Adilton Marques de Araújo.
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Singela homenagem do poeta à sua tia paterna, Rosalina Corrêa Xavier, que adentrou os Portais da Eternidade no dia 21 de abril de 2010. Eternas saudades!