SONETO PUNGENTE DE SAUDADE INFINDA
São sessenta dias sem o som de tua voz
Sem o doce sussurrar de teu sorriso
Sem tua afável companhia, sem o siso
Que tu punhas na minh’alma de albatroz!
Noites de insônia – síndrome de Narciso –
Ferida aberta, a dor permanece atroz
E a saudade aos poucos mata... fero algoz
De quem perdeu de sua vida o paraíso!
E a saudade dói pungente no meu peito
Vontade louca de ouvir-te ao telefone
De falar-te que és o verso mais perfeito
Do poema triste que vou compondo insone
Vida afora... Poema amargo, rarefeito,
Mas cheio do teu Mar, Cilene, meu ciclone!
Portel, Pará, Brasil, 28 de março de 2010.
Composto por Pedro Paulo Barreto de Lima.
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