SONETO ENLUARADO DE TRISTEZA
A lua está parindo essa tristeza
Que me invade, sem dó, o coração!
A lua está dançando com leveza
No deserto da minha solidão.
Essa lua me deixa comovido!…
Qual fruto doce no pomar do céu
Bebo-lhe o néctar e, embevecido,
Volto bêbado, amor, pros braços teus.
Soberana, da abóbada celeste
A lua desce pra beijar o mar
Depois se vai. A lua que me deste
Deixa um enigma a pairar no ar
É o cheirinho bom com que nasceste
Que a minh’alma faz inebriar!
Gurupá, Pará, Brasil, 26 de fevereiro de 2010.
Composto por Léo Frederico de Las Vegas.
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