LÁGRIMAS TAMBÉM SÃO AMOR
A minha sereia, a vez primeira, a vê-la,
Eu fui da Ilusão às margens do mar.
E uma melodia que acordava estrela
Com voz sussurrante... ei-la a cantar!
Então, embevecido, fixei o olhar
Nas margens onde a aparição tão bela
Se ia desfazendo em névoas pelo ar
Espectro amado - ilusão singela!
Ó sereia, com o teu singelo canto
E tua companhia vem ser meu encanto
E alegrar meus dias que sofro demais...
Um breve instante… E não te vejo mais…
Sem te ver meu peito essa imensa dor
Chora, pois lágrimas também são amor!
Gurupá, Pará, Brasil, 2 de fevereiro de 2010.
Composto por Léo Frederico de Las Vegas.
◄ Soneto Anterior | Próximo Soneto ►