CARTA DE AMOR À MINHA ESPOSA
Meu amor, nossa filha é tão meiga, tão linda
Que beleza no mundo igual não vi ainda.
Quando a vejo no berço a dormir tão feliz
Ouço anjos cantando a canção que eu não fiz
Mas que traduz a minh’alma qual doce sinfonia
A embalar nosso anjinho a qualquer hora do dia…
Ela veio como um brinde erguido ao nosso amor
Pequeno gérmen de luz desabrochando em flor.
Sou o pai mais feliz nesta terra insane
Ao falar-te, querida, da nossa doce Jayane.
Ah! Se meu poema pudesse conter a fragrância
Dessa flor intemerata, fina flor da infância!…
Ah! Se todo o amor que tenho em meu peito
Se traduzisse nos versos de um soneto perfeito…
Mas… que rima mais rica haver poderia
Que chamar nossa Jayane simplesmente… Poesia?!
Melgaço, Pará, Brasil, 17 de agosto de 2001.
Composto por Jaime Adilton Marques de Araújo.
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Contrafactum de "TEMPLO PAGÃO", poema de J. G. de Araújo Jorge.