SONETO DE ARVERS
Série: Traduções
SONETO DE ARVERS
Composição: Félix - Alexis Arvers (1806-1850)
Versão: Léo Frederico de Las Vegas
Minh'alma é guardiã de um grande mistério:
Amor que, por eterno, nasceu de um momento.
Reprimi-lo é preciso (ó mal sem refrigério)
Ignoto daquela que o causou! Que lamento!
Assim, pois, vou vivendo nesse carma cinéreo
Dela sendo esnobado; vendo o sofrimento
Em breve chegar ao desenlace funéreo
Longe dela não ousei pedir nada... e nem tento!...
O caminho da vida a seguir ela tece,
Um sorriso nos lábios, a paz no olhar;
Recatada, jamais ouvirá minha prece
De amor, e fiel a seus deveres diversos,
Esse poema cheio dela, lendo, então dirá:
Sorte desta mulher que inspirou estes versos!
Melgaço, Pará, Brasil, 26 de março de 2025.
Traduzido por Léo Frederico de Las Vegas
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