SOLIDÃO
Do
Silêncio
Nascem vozes,
Urros, gemidos,
Gritos sufocados,
Clamor e desespero
Ecos que rondam o vácuo,
Dédalo de memórias mortas
Onde o tempo é uma sombra imóvel,
Arrastando-me ao abismo sem fim.
Fim,
Sutil
Companheiro
Vão das ausências,
Envolvendo o peito,
Insuflando ternuras
Enchendo os olhos de névoa.
Caminho que ninguém percorre,
Abraço do vento frio, distante.
Solidão: poema que ninguém lê.
Afuá, Pará, Brasil, 11 de junho de 2017.
Composto por Jayme Lorenzini García
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