HAIBUN Nº 10
O FAROL SOLITÁRIO
Na ponta do penhasco, o farol erguia-se imponente contra o céu nublado, sua luz piscando em intervalos regulares. O vento carregava o cheiro salgado do mar e o som das ondas quebrando nas rochas abaixo. Ali, onde a terra encontra o mar, o farol era um guardião solitário, guiando os navegantes em noites escuras. A solidão do farol refletia a vastidão do oceano, ambos infinitos em sua própria maneira, mas também interligados pela luz que atravessava a escuridão.
Luz no abismo -
a noite se curva ao brilho
de um farol distante.
Melgaço, Pará, Brasil, 21 de maio de 2022.
Composto por Jayme Lorenzini Garcia
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