MÚLTIPLA INSPIRAÇÃO
A musa do poeta não tem nome
Não tem raça, nem cor e não tem sexo;
Ele pode num virtual amplexo
Chamá-la poesia, ou outro codinome
Que o inspirar do poeta é complexo
Seja ele menestrel ou de renome
Seja bem abastado ou passe fome
Faça um poema côncavo ou convexo!
Ele é quem tira vida das palavras
Mais ordinárias de seu cotidiano
E burila-as, e cultiva-as, e lavra-as!
Plantando, pois, com forças intangíveis,
O poema provençal palaciano
No ser florido das almas sensíveis!
Muaná, Pará, Brasil, 15 de janeiro de 2011.
Composto por Daniel Jônatas M. de Queirós Mauá Jr.
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