SONETO AO NATALÍCIO DO POETA
33, Senhor, e não fiz nada!
Chego, enfim, à sacrossanta idade
Em que a Vida destes pela humanidade,
Mas tenho a minha sem brilho, emperrada
Pelos labores da existência – essa fada
Que distribui, aleatória, hilaridade,
Choro, sorriso, o Bem e a Maldade,
Sendo ela própria Malquista ou Bem-Amada!
Perdão vos peço, Senhor, por essa vida
Que entre tantos desencantos se esvai
- Tênue luz de vela amarelecida!
Mas, se me désseis outros 33
Oh, que bênção seria, amoroso Pai,
E (quem sabe?) melhor faria dessa vez!
Muaná, Pará, Brasil, 21 de maio de 2010.
Composto por Jaime Adilton Marques de Araújo
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