UNS VERSOS DE TERNURA E DE SAUDADE
Nem ao menos um poema, um acróstico,
Um soneto, uma nênia, uma tristeza...
Onde está o poeta que, pernóstico,
Por empatia, a alheia dor verseja?
E, se for ele próprio quem esteja...
Deus do céu, que horrível prognóstico!:
O poeta que exalava luz, beleza,
Fenece ao entalar-se com um monóstico!
Sim! É o poeta que se vai sozinho
Adentrando os Portais da Eternidade
Deixando, após si, pelo caminho,
A extrema dor que nosso peito invade...
...Sempre tê-lo, conforta-nos, pertinho,
Nuns versos de ternura e de saudade!
Melgaço, Pará, Brasil, 19 de novembro de 2012.
Composto por Léo Frederico de Las Vegas
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