Recanto de Jadilton Marques & Cia.
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Textos

ASFALTO FRIO

 

De ontem é o jornal que leio

Notícias de que o meu Brasil cresceu

A sete pontos percentuais e meio

Mas eu pergunto: "Quem foi que enriqueceu?!"

 

Se eu durmo mesmo é aqui no meio

Fio da calçada, rei junto ao plebeu.

Notícia vira cobertor, correio

Da boa nova que jamais aconteceu.

 

E assim os dias vão

Tudo passa, ilusão!

Quem sabe não seria tão mais divertido

Sucumbir?

 

Onde estão os dias belos

Anunciados em mitos infanticidas?

Não crer em nada, pois, é o que me resta

Não crer em nada é, pois, não crer na vida!

 

Há corações endurecidos

Nos condomínios que não visitei?!...

E de carinhos já despido

Enfrento a noite e sua dura lei...

 

Não sei do amanhã sombrio

Se, porventura, aqui estarei!

Me abraço com o asfalto frio

E "O que é o futuro?" Sempre me perguntei...

 

E assim os dias vão

Tudo passa, ilusão!

Quem sabe não seria tão mais divertido

Sucumbir?

 

Onde estão os dias belos

Anunciados em mitos infanticidas?

Não crer em nada, pois, é o que me resta

Não crer em nada é, pois, não crer na vida!

 

Cachoeira do Arari, Pará, Brasil, 27 de março de 2011.

Composto por Manoel da Silva Botelho.
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Contrafactum da canção "CIGARRO", composição de Zeca Baleiro.

Jaime Adilton Marques de Araújo
Enviado por Jaime Adilton Marques de Araújo em 24/01/2024
Alterado em 24/01/2024
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Jadilton Marques

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Sobre mim

Gênero: Masculino
Atividade: Pregoeiro
Profissão: Contador
Local: Melgaço, Ilha de Marajó, Pará, Brasil
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Introdução:

TABACARIA

Não sou nada. Nunca serei nada. Não posso querer ser nada. À parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo. [...] Fiz de mim o que não soube E o que podia fazer de mim não o fiz. O dominó que vesti era errado. Conheceram-me logo por quem não era e não desmenti, e perdi-me. Quando quis tirar a máscara, Estava pegada à cara. Quando a tirei e me vi ao espelho, Já tinha envelhecido. Estava bêbado, já não sabia vestir o dominó que não tinha tirado. Deitei fora a máscara e dormi no vestiário Como um cão tolerado pela gerência Por ser inofensivo E vou escrever esta história para provar que sou sublime. [...]

Álvaro de Campos

Interesses:

Música, Poesia, Brasilidade, Literatura, e tudo o mais que há de bom na vida.

Filmes favoritos:

Um Amor Para Recordar, O Leitor, O 13º Andar, A saga Matrix, A saga Deixados Para Trás, entre outros.

Músicas favoritas:

Pedaço de Mim, Tinha Que Acontecer, Rainha da Vida, Tocando em Frente, Chão de Giz, Todas as do Vinícius de Moraes, entre outras tantas.

Livros favoritos:

A saga O Vendedor de Sonhos, Dom Casmurro, Memórias Póstumas de Brás Cubas, A Carne, Amor de Perdição, A Moreninha, A Barca dos Amantes, Os Lusíadas, O Jogo da Detetive, O Pequeno Príncipe, entre tantos outros.