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Textos

DÊ-ME NOTÍCIAS...


Por vezes, nos entregamos, de corpo e alma,

à ideia de que somos amados

com a mesma intensidade com que amamos.

Então nós nos iludimos

pensando que encontramos

um oásis em meio ao deserto da vida.

E, cegos de paixão, construímos sonhos,

erguemos castelos e moldamos um universo encantado,

uma realidade paralela onde reinamos, absolutos.

Até descobrirmos que o oásis

não passava de uma miragem;

e os sonhos construídos, os castelos erguidos,

o universo do qual éramos senhor,

caem em derrocada, sob a quente areia de um deserto árido.

Tudo desaba e ficamos à mercê de notícias,

sem compreender, de fato, o que aconteceu...


Me notícias daquela ingrata
Que sem bravatas se foi de mim
Me notícias da sua estada
Na longa estrada da vida, enfim...

Quero revê-la, num forte abraço
Chorar em seus braços, com emoção,
A vida passa como fumaça
Deixando coisas sem explicação...


(Já que não podes amar-me como dizes
Já que por outro é maior tua paixão,
Ó meu amor não precisas fingir, não,
Basta cortares o meu pelas raízes.)


Dê-me notícias por onde anda
A doce Amanda – insônia e fé -
Rima imperfeita, quebrado verso
Meu universo – amante e mulher?...

A minha amada sem despedir-se
Num disse-me-disse desapareceu...
E agora imploro, e sempre choro:
Volta querida, pra o colo meu...

E assim sofrendo sigo com essa dor
Que me angustia e me faz infeliz
E se alguém dela o paradeiro souber
Dê-me notícias...

Eu sou poeta e sofro por amor
Escute só o que o meu verso diz:
Se, por acaso, souber onde ela está
Dê-me notícias...

                         Dê-me notícias!...

 

Gurupá, Pará, Brasil, 6 de setembro de 2010.

Composto por Léo Frederico de Las Vegas.
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Contrafactum de "ME DÊ MOTIVO", composição de Michael Sullivan / Paulo Cesar Guimaraes Massadas, imortalizada na voz de Tim Maia.

Jaime Adilton Marques de Araújo
Enviado por Jaime Adilton Marques de Araújo em 14/12/2023
Alterado em 15/01/2024
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Jadilton Marques

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Sobre mim

Gênero: Masculino
Atividade: Pregoeiro
Profissão: Contador
Local: Melgaço, Ilha de Marajó, Pará, Brasil
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Introdução:

TABACARIA

Não sou nada. Nunca serei nada. Não posso querer ser nada. À parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo. [...] Fiz de mim o que não soube E o que podia fazer de mim não o fiz. O dominó que vesti era errado. Conheceram-me logo por quem não era e não desmenti, e perdi-me. Quando quis tirar a máscara, Estava pegada à cara. Quando a tirei e me vi ao espelho, Já tinha envelhecido. Estava bêbado, já não sabia vestir o dominó que não tinha tirado. Deitei fora a máscara e dormi no vestiário Como um cão tolerado pela gerência Por ser inofensivo E vou escrever esta história para provar que sou sublime. [...]

Álvaro de Campos

Interesses:

Música, Poesia, Brasilidade, Literatura, e tudo o mais que há de bom na vida.

Filmes favoritos:

Um Amor Para Recordar, O Leitor, O 13º Andar, A saga Matrix, A saga Deixados Para Trás, entre outros.

Músicas favoritas:

Pedaço de Mim, Tinha Que Acontecer, Rainha da Vida, Tocando em Frente, Chão de Giz, Todas as do Vinícius de Moraes, entre outras tantas.

Livros favoritos:

A saga O Vendedor de Sonhos, Dom Casmurro, Memórias Póstumas de Brás Cubas, A Carne, Amor de Perdição, A Moreninha, A Barca dos Amantes, Os Lusíadas, O Jogo da Detetive, O Pequeno Príncipe, entre tantos outros.