NOTURNO
Sinto enovelar-se em mim a solidão noturna
E ouço o coaxar dos sapos
Na treva.
Na treva estou à espera de um milagre…
E de repente vejo-a surgir
Faceira
Dissipando de minh’alma a penumbra!
Então nos enlaçamos
Para a mais-que-perfeita
Conjugação do verbo amar
E a solidão já não existe.
A luminosidade de seu intenso olhar
Acarinha minha tristeza
E inebriado fico a sugar
Avidamente o clitóris lunar!
Melgaço, Pará, Brasil, 17 de março de 2010.
Composto por Léo Frederico de Las Vegas.
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