SONETO DA INDIFERENÇA
Por que você se esquiva indiferente
Às juras de eterno amor que eu te faço;
Ao meu todo apaixonado, ao meu abraço
Que te dedica o meu carinho ardente?
Quando passas por mim vejo teu passo
Levar-me toda a alegria e, indigente,
Mendigo um gesto do teu olhar contente;
Uma doce carícia do teu braço!
Então meus lábios chamam por teu nome;
E te lanço um olhar tão suplicante
Maior que esta paixão que me consome!
Nada disso percebes, minha ingrata,
E me torturas, sim, a cada instante,
E em vão derramo lágrimas de prata!
Melgaço, Pará, Brasil, 22 de março de 2010.
Composto por Léo Frederico de Las Vegas.
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