UMA OUTRA CANÇÃO DA RIBEIRINHA
No mundo não conheço quem se compare a mim
Enquanto tudo isso estiver acontecendo comigo
Pois morro por ti; por ti enfrento qualquer perigo,
Tu que és branca como a alva de rosto carmesim!
Queres em teu louvor uma poesia minha
Na qual eu diga quando te vi sem calcinha?
Que dia! O sangue ainda me ferve nas veias
Pois que te vi despudoradamente linda e não feia!
E, senhora do meu coração, desde aquele dia
A minha vida tem sido um constante sofrer
Pois não paro um só momento de pensar em você
Porque levas-te-me embora a vida e a alegria!
Pensas então que eu deva receber alguma recompensa
Por louvar-te em meus rudes versos, pensas?
Pois, querida minha, asseguro-te que teu escravo,
Ou ganha um beijo teu ou não quer um mísero centavo!
Gurupá, Pará, Brasil, 6 de junho de 2010.
Composto por Léo Frederico de Las Vegas.
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Contrafactum da "CANTIGA DA RIBEIRINHA", composição trovadoresca de Paio Soares de Taveirós.