UM RONDEL AO QUARTO MINGUANTE
És, ó lua, minha companheira eterna
Das noite regadas a poemas tristes
Que compus à Bem-Amada sempiterna
A dizer que tu em seus olhos existes!
Sou no templo pagão um dos antistes
De teu corpo moreno, deusa fraterna!
És, ó lua, minha companheira eterna
Das noite regadas a poemas tristes!
Uma noite, qual saída de poterna,
Viestes, diminuta, diluir os lemistes
De minha ébria, escondida e subalterna
Alma, e feliz, eu te disse (e te ristes!):
És, ó lua, minha companheira eterna!
Melgaço, Pará, Brasil, 16 de janeiro de 2012.
Composto por Jayme Lorenzini García.
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