ROUNDEL DA ETERNA ESPERANÇA
Eternamente te espero,
Pertenço a ti, inteiramente.
E o que sinto é mui vero,
Eternamente!
Lua sou, és sol ardente.
Juntos a dançar bolero
Pela abóbada silente
Dos céus... eis tudo o que eu quero!
E com a alma livremente
Esse amor viver, sincero,
Eternamente!
Breves, Pará, Brasil, 17 de dezembro de 2012.
Composto por Iara Cinthya Marcondes da Silveira.
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ROUNDEL (não confundir com o rondel) - É uma forma de verso usada na poesia em língua inglesa, idealizada por Algernon Charles Swinburne (1837–1909). É a forma anglo-normanda correspondente ao rondeau francês. Ele faz uso de refrões, repetidos de acordo com um certo padrão estilizado. Um roundel consiste em três estrofes assim distribuídas: Quadra-Terceto-Quadra, com o mesmo número de sílabas, exceto o último verso das duas quadras, que funciona como um refrão após o terceiro verso da primeira quadra e após o terceiro verso da última quadra. O refrão deve ser idêntico ao início do primeiro verso: é um verso de métrica menor e rima com o segundo verso. Portanto, o roundel tem três estrofes e seu esquema de rima é o seguinte: abaA, bab, abaA, onde A é o refrão. Iara Cinthya Marcondes da Silveira cultiva o roundel em sua formação clássica, mas também inventou uma variante que consiste em versos isométricos e esquema de rima: abaB, cbc, bffB, onde B é o refrão.