A MÁSCARA
Quem vê a mim, talvez de um palácio
Me julgue o venturoso morador;
Só não sabe que luto pra não expor
O luto a escorrer-me pela face!...
O que pareço? Arlequim?!... Sou Pierrot
Sem Colombina - última flor do Lácio;
Não se engane com o meu riso fácil
- Disfarce social da minha dor -
Sou um artífice da rima e do verso
Mas não se engane com a verve áspera
A camuflar, num antro controverso
As raízes do meu ser, pois nem Bhaskara
Poderia equacionar meu universo
A não ser a Poesia, essa máscara!
Melgaço, Pará, Brasil, 27 de abril de 2020.
Composto por Léo Frederico de Las Vegas.
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