A UMA FORMOSA DAMA
Galanteios de um poeta enlouquecido,
Endechas, epigramas e sonetos,
Indrisos, dez-de-queixo-caído,
Sextinas, sonatas, poemetos,
São poucos demais para expressar
A emoção de poder te entoar
Melodramas do meu cancioneiro
A dizer-te a beleza da flor
Riso farto, olhar mandingueiro,
Ilusão do gentil cantador
A recitar-te estes versos de amor:
Amante amiga, o teu menestrel
Lírios e dálias e rosas derrama
Melodias erguendo ao céu
Estrelas trazendo à tua cama
Improvisadamente, displicentemente
Desejada, rosa abrindo em botão,
Aldravia de terna canção...
Deusa asteca, formosa imperatriz!
Ao teu lado - eis um homem feliz!...
Corações sonham que se revele
O silêncio contido no olhar
Soletrando nas páginas da pele
Tua libido em intenso crepitar
Ancorando tua fúria em alto mar...
Melgaço, Pará, Brasil, 4 de dezembro de 2015.
Composto por Léo Frederico de Las Vegas.
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