Recanto de Jadilton Marques & Cia.
Aqui a Poesia Fala Mais Alto nas Vozes Cavas dos Meus Eus Nefelibatas
Capa Meu Diário Textos Áudios E-books Fotos Perfil Livros à Venda Prêmios Livro de Visitas Contato Links
Textos

REFLEXÕES SOBRE A MORTE: A ÚLTIMA FRONTEIRA DA EXPERIÊNCIA HUMANA

 

A morte, o evento final e inescapável de nossa existência, é uma das poucas certezas que temos na vida. Ela assombra, fascina e desafia nossas concepções sobre o ser e o não-ser, e tem sido objeto de reflexão filosófica, literária e espiritual ao longo dos séculos. Este ensaio explora a morte não apenas como um fenômeno biológico, mas também como um conceito profundamente enraizado na experiência humana, que nos confronta com questões existenciais e transcendentais.

 

A Morte na Perspectiva Filosófica

Os filósofos têm abordado a morte de diversas maneiras. Para os antigos gregos, como Epicuro, a morte era vista com indiferença: "Quando somos, a morte não é; quando a morte é, não somos." Epicuro argumentava que a morte não deveria ser temida, pois é uma ausência de consciência e, portanto, não pode causar sofrimento. Em contraste, o existencialismo, representado por filósofos como Jean-Paul Sartre e Martin Heidegger, vê a morte como um elemento central que dá sentido à vida. Heidegger, em particular, acreditava que a consciência da morte nos faz viver autenticamente, pois nos força a enfrentar a finitude e a tomar decisões significativas.

 

A Morte na Literatura e na Arte

A literatura e a arte frequentemente exploram a morte como um tema central, refletindo as ansiedades, esperanças e crenças da humanidade. Na poesia, a morte é muitas vezes retratada como uma liberação do sofrimento ou um mistério transcendental. William Shakespeare, por exemplo, em seu famoso monólogo de Hamlet, contempla a morte como uma "cena de sonho", uma questão de se "aguentar as chibatadas e flechadas da sorte". Em contraste, o romantismo, representado por poetas como John Keats, vê a morte como um estado de beleza eterna e paz.

A arte visual também retrata a morte de maneira variada, desde o macabro até o sublime. O famoso pintor holandês Hieronymus Bosch frequentemente usava imagens de morte e inferno para transmitir mensagens morais e espirituais. No entanto, artistas como Salvador Dalí exploraram a morte através do surrealismo, criando imagens que questionam a realidade e a percepção.

 

A Morte na Espiritualidade e na Religião

Diversas tradições religiosas oferecem perspectivas sobre a morte que moldam as crenças e práticas dos indivíduos. No cristianismo, a morte é vista como a transição para a vida eterna, com a promessa de ressurreição e redenção. No hinduísmo e no budismo, a morte é entendida como uma etapa no ciclo de reencarnação, onde o karma acumulado nas vidas passadas influencia o destino futuro. Essas visões oferecem consolo e estrutura às pessoas, fornecendo uma narrativa que dá sentido à morte e ao sofrimento.

 

O Impacto da Morte na Vida

A consciência da morte influencia profundamente a forma como vivemos. Para muitos, a proximidade da morte leva a uma reavaliação dos valores e prioridades. As pessoas podem buscar realizar seus sonhos, reconciliar relações ou encontrar um propósito mais profundo. A morte também nos lembra da fragilidade da vida e pode incentivar uma maior apreciação dos momentos presentes e das experiências cotidianas.

 

Conclusão

A morte, com seu caráter inevitável e misterioso, é um aspecto fundamental da condição humana. Ela desafia nossas concepções de existência e nos confronta com questões de significado e propósito. Seja através da filosofia, da arte ou da espiritualidade, a morte continua a ser uma fonte de reflexão e introspecção. Ao reconhecer e enfrentar a realidade da morte, podemos encontrar uma maior apreciação pela vida e um sentido mais profundo em nossas experiências diárias.

 

Belém, Pará, Brasil, 27 de agosto de 2024.
Composto por Gilberto Priante Tavares
◄ Ensaio Anterior | Próximo Ensaio ►

Jaime Adilton Marques de Araújo
Enviado por Jaime Adilton Marques de Araújo em 27/08/2024
Comentários

Jadilton Marques

Minha foto
Ver tamanho ampliado

Entre em contato comigo
E-mail: jaimeadilton@gmail.com

 

Sobre mim

Gênero: Masculino
Atividade: Pregoeiro
Profissão: Contador
Local: Melgaço, Ilha de Marajó, Pará, Brasil
Links: Áudio
Introdução:

TABACARIA

Não sou nada. Nunca serei nada. Não posso querer ser nada. À parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo. [...] Fiz de mim o que não soube E o que podia fazer de mim não o fiz. O dominó que vesti era errado. Conheceram-me logo por quem não era e não desmenti, e perdi-me. Quando quis tirar a máscara, Estava pegada à cara. Quando a tirei e me vi ao espelho, Já tinha envelhecido. Estava bêbado, já não sabia vestir o dominó que não tinha tirado. Deitei fora a máscara e dormi no vestiário Como um cão tolerado pela gerência Por ser inofensivo E vou escrever esta história para provar que sou sublime. [...]

Álvaro de Campos

Interesses:

Música, Poesia, Brasilidade, Literatura, e tudo o mais que há de bom na vida.

Filmes favoritos:

Um Amor Para Recordar, O Leitor, O 13º Andar, A saga Matrix, A saga Deixados Para Trás, entre outros.

Músicas favoritas:

Pedaço de Mim, Tinha Que Acontecer, Rainha da Vida, Tocando em Frente, Chão de Giz, Todas as do Vinícius de Moraes, entre outras tantas.

Livros favoritos:

A saga O Vendedor de Sonhos, Dom Casmurro, Memórias Póstumas de Brás Cubas, A Carne, Amor de Perdição, A Moreninha, A Barca dos Amantes, Os Lusíadas, O Jogo da Detetive, O Pequeno Príncipe, entre tantos outros.