O POETA E O POENTE
Que ventura gozar dessa ventura
De ver a natureza entardecer
E ver a noite se esgueirar, descer
Pelo mural do tempo na pintura
Do poeta! Que bom ver a natura
Calmamente em paz esmaecer
E o dia, enfim, o seu lugar ceder
À uma noite estrelada de ternura!
Não há alma que, em êxtase dolente,
Não ceda à beleza desse instante
Erguendo aos céus uma prece ardente!
Tal, o poeta, de forma comovente,
Extático, exclama, altissonante:
- Como é belo e mágico o poente!
Melgaço, Pará, Brasil, 5 de junho de 2012.
Composto por Léo Frederico de Las Vegas
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