SORTILÉGIOS NOTURNOS
Quando o dia fecha suas pálpebras
E cochila longamente no horizonte
Vênus faceira vem luzir luz álgida
À sinfonia dos pássaros na fonte!
Então a Noite de místicos mistérios
Devora todo o amor das criaturas:
Dos que mesmo ao pé dos cemitérios
Às Amadas devotam ternas juras...
E só resta a beleza apoteótica
Dos poetas que pouco têm a dar
Além de versos trôpegos: erótica
Ternura embriagada de luar!...
... Bendita sejas tu, Eterna Noite,
E bendito o teu noctívago açoite!
Melgaço, Pará, Brasil, 6 de fevereiro de 2014.
Composto por Léo Frederico de Las Vegas.
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